Tudo sobre Imposto de Renda (IR) 2021: o que é, como funciona e como declarar

Preparado para declarar seu Imposto de Renda (IR) 2021? Entre os meses de março e abril, poucos escapam: é preciso encarar o tributo mais abrangente e temido pela população brasileira.

E se você fez determinados investimentos no ano passado, seus rendimentos também serão tributados. Para ajudá-lo na declaração, reunimos neste artigo algumas das melhores dicas sobre o assunto.

Bem, enfrentar o Leão – animal escolhido na década de 70 como mascote do IR – não é tarefa das mais prazerosas. Mas, todos os cidadãos com rendimentos acima de um valor determinado precisam prestar contas à Receita Federal anualmente.

A solução é estar bem informado para declarar suas despesas, evitar multas ou quaisquer problemas com as autoridades.

Abaixo, você vai descobrir tudo o que precisa saber sobre o tributo, inclusive sobre a sua relação com investimentos.

Prazo de entrega da declaração de Imposto de Renda em 2021

Começou! O prazo de envio da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física em 2021, assim como de costume, será do dia 01 de março até as 23h59 do dia 30 de abril, pelo horário de Brasília.

Quem perder o prazo de entrega terá de pagar multa de 1% sobre o imposto devido ao mês, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido.

O programa pelo qual a declaração de IR deve ser enviada, está disponível na página da Receita Federal.

O que é Imposto de Renda?

O Imposto de Renda é um tributo cobrado anualmente pelo governo federal sobre os ganhos de pessoas e de empresas. Seu valor é pago de acordo com os rendimentos declarados, de forma que os cidadãos com renda maior pagam mais impostos, enquanto aqueles com renda menor pagam menos.

Na prática, então, podemos classificar o IR como um valor anual descontado sobre os rendimentos dos trabalhadores e das empresas no Brasil. Na lista de rendimentos tributáveis, entram ganhos como salários, aluguéis, prêmios de loteria e investimentos.

Como o IR é uma tributação aplicada para cidadãos e companhias, ele se divide em duas categorias: o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). A seguir, vamos compartilhar alguns detalhes sobre cada um deles.

Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)

O Imposto de Renda Pessoa Física incide sobre a renda e os proventos de contribuintes residentes no país ou no exterior e que recebem de fontes no Brasil.

As alíquotas variam conforme a renda, de forma que são isentos de cobrança os contribuintes que ganham abaixo do limite estabelecido para a apresentação obrigatória da declaração anual.

Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica é destinado a empresas brasileiras. Nesse caso, a alíquota aplicada incide sobre o lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado, dependendo da atividade desenvolvida e do porte do negócio.

Conforme a Receita Federal, são contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no país.

Desde 1996, a alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês.

Como funciona o Imposto de Renda?

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O Imposto de Renda é mensalmente retido no salário ou pago com base em outros rendimentos dos brasileiros. Há ainda uma declaração obrigatória anual, uma forma de a Receita Federal verificar se o cidadão está pagando mais ou menos impostos do que deveria.

Em 2021, por exemplo, você descreve os ganhos e gastos que obteve em 2020. Quando a Receita detecta que o contribuinte pagou menos impostos do que o estipulado, ele precisa compensar.

O valor é informado assim que a declaração é preenchida. O pagamento pode ser feito por boleto bancário ou débito automático. Em resumo, é por isso que você faz a declaração informando os dados do ano anterior.

De forma simplificada, o que o contribuinte precisa fazer é declarar tudo o que ganhou no ano que passou, desde salários, aposentadoria, rendimentos de aluguel ou investimentos (mais adiante, listamos todos os ganhos que precisam entrar na declaração).

Depois, é possível listar algumas despesas feitas no mesmo período, que podem ser abatidas na declaração e, consequentemente, reduzir o valor dos impostos pagos – são as chamadas “deduções do IR”.
Entre os gastos que o contribuinte pode deduzir do IR, é possível citar, por exemplo, aqueles com:

  • Despesas médicas (sem limites)
  • Filhos ou pais (dependentes, no valor máximo de R$ 2.275,08 por dependente)
  • Educação (escola e faculdade, no valor máximo de R$ 3.561,50 por dependente)
  • Contribuição à Previdência Social (sem limites)
  • Contribuição à Previdência Privada (que correspondam a até 12% da renda tributável).

É válido reforçar que todos os valores que você colocar na declaração precisam ser exatamente iguais aos informados nos comprovantes de rendimentos e de pagamentos.

A maioria das empresas envia esses informes através de cartas, e-mails ou os disponibiliza em seus sites.

Quer saber como funciona a dedução do Imposto de Renda em Previdência? Acesse: “Previdência Privada e a Dedução no Imposto de Renda“.

Sonegar Imposto de Renda é crime

Como você já deve saber, tentar enganar a Receita Federal para pagar menos impostos é um crime, conhecido como sonegação.

Quando o contribuinte é pego, além de pagar uma multa, está sujeito a cumprir pena de dois a cinco anos de prisão.

Por isso, caso você perceba que cometeu algum erro ou se esqueceu de informar um dado na sua declaração, pode apresentar uma retificação junto à Receita (sem custos), por um prazo de até cinco anos.

Isso porque, durante o período citado, o órgão realiza a chamada “malha fina”. Trata-se do cruzamento de dados para checagem das informações disponibilizadas, através do computador.

Se a Receita observar algo estranho na sua declaração, ela será examinada em detalhes e você poderá ser chamado para prestar esclarecimentos.

Se já tiver feito a retificação antes, essa será considerada uma demonstração de que você não agiu de má-fé, o que reduz as chances de uma pena de prisão, por exemplo.

A primeira vez no IR

Para quem está declarando Imposto de Renda pela primeira vez, pode ser interessante contar com um auxílio de um especialista no processo.

Diante de dúvidas, é interessante pedir ajuda a alguém com experiência, que já tenha declarado em anos anteriores. Contratar um contador para cuidar da sua declaração é uma possibilidade.

Se você já tem familiaridade com o IR, vale lembrar que atualmente já é possível fazer a declaração pela internet. Basta realizar o download do Programa IRPF no site da Receita Federal.

Mais adiante, vamos explicar melhor como funcionam esses serviços. Antes, porém, cabe retomar mais alguns aspectos importantes referentes à tributação.

Restituição do Imposto de Renda

A restituição do Imposto de Renda ocorre quando a Receita Federal detecta que o contribuinte pagou mais impostos do que deveria. Assim, ele tem direito a receber de volta parte do valor. A quantia é devolvida até o mês de dezembro do mesmo ano em que foi declarada.

Geralmente, quem paga o IR primeiro também recebe a restituição com maior antecedência. No ano passado, o valor do tributo excedente foi entregue de volta aos contribuintes em cinco lotes mensais, a partir do mês de maio.

Em breve, divulgaremos o cronograma de lotes de restituição do Imposto de Renda 2021 (IR 2021).

Enquanto isso, você pode assistir o vídeo do nosso educador financeiro, André Bona, sobre o tema.

O que é Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)?

O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) é o desconto aplicado mensalmente pela Receita Federal sobre a remuneração do trabalhador assalariado. Isso acontece sempre que seus vencimentos ultrapassam um teto estabelecido pelo próprio órgão.

O cálculo do IRPF leva em consideração o desconto no salário destinado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o número de dependentes do trabalhador. Para cada dependente (seja cônjuge, filhos, enteados) é abatido o valor de R$ 189,59 mensais.

Dessa forma, se percebe que o cálculo do valor descontado considera a quantia bruta, menos o INSS e os dependentes, o que fornecerá o valor do salário-base. Sobre esse resultado, é aplicada a alíquota correspondente ao IRRF, que definirá a quantia a ser repassada à Receita.

Quem precisa declarar Imposto de Renda?

Estão obrigados a declarar Imposto de Renda todos os contribuintes que tiveram rendimento anual superior ao teto estabelecido pela Receita Federal. Neste ano, ele corresponde a uma remuneração de R$ 28.559,70, o que dá uma média de R$ 2.379,98 por mês.

Outro caso de obrigatoriedade prevista nas normas inclui aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte em valor superior a R$ 40 mil.

Mas muitos outros brasileiros também têm esse compromisso com o Leão. Então, se você está em dúvida se precisa ou não declarar o IR como pessoa física, a dica é conferir as normas estipuladas pela Receita Federal.

A resposta vai depender do valor dos rendimentos que você obteve no ano que passou e das transações financeiras realizadas.

Se estiverem dentro da faixa estipulada pelo governo, você é obrigado a entregar a declaração dentro do prazo definido. Caso contrário, estará sujeito a uma multa de no mínimo R$ 165,74 e no máximo de 20% do imposto devido.

Regras de obrigatoriedade da Receita Federal

Segundo a Receita, são obrigados a declarar o Imposto de Renda os contribuintes que:

  • Receberam rendimentos tributáveis (como salários e aluguéis), cuja soma anual foi superior a R$ 28.559,70.
  • Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (por exemplo: indenizações trabalhistas, caderneta de poupança ou doações) em valor superior a R$ 40 mil.
  • Obtiveram, em qualquer mês, ganhos na venda de bens ou direitos sujeitos à incidência de Imposto de Renda, como imóveis vendidos com lucro.
  • Realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas (investimentos).
  • Tiveram, em 2020, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural.
  • Tinham, em 31 de dezembro de 2020, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil.
  • Passaram à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e, nessa condição, encontravam-se em 31 de dezembro de 2020.

Isenção de Imposto de Renda 2021

De acordo com as regras estipuladas pela Receita Federal, no IRPF 2021, estão isentas as pessoas que tiveram rendimentos abaixo de R$ 28.559,70 em 2020 (ano-calendário).

Mas há também casos específicos nos quais o cidadão pode solicitar a isenção do imposto. Eles estão descritos no site oficial do órgão, mas vamos citar alguns deles agora:

  • Pessoas portadoras de doenças graves, incluindo AIDS, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, esclerose múltipla e outras 11 patologias.
  • Pessoas com rendimentos relativos a aposentadoria, pensão ou reforma.

Para solicitar a isenção do IR, é preciso apresentar um laudo pericial que comprove a moléstia.

O que você deve declarar no Imposto de Renda

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No Imposto de Renda, você deve declarar tudo o que ganhou e pagou no ano anterior. É preciso informar ganhos referentes à venda de bens, aluguéis, reformas em imóveis e despesas com construções. Fontes alternativas de renda também devem ser listadas.

Além disso, o contribuinte precisa informar à Receita todos os bens e direitos que faziam parte de seu patrimônio até 31 de dezembro do ano-calendário (se o ano exercício for 2021, o ano calendário será 2020).

Nessa categoria, entram veículos e imóveis (independente do valor), além de bens móveis (como joias ou quadros com valor acima de R$ 5 mil), que também precisam ser declarados.

Mesmo ganhos isentos de IR, como resgate do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), recebimento de herança e rendimentos provenientes de ações judiciais devem ser informados à Receita Federal.

O mesmo vale para investimentos com isenção de IR, como Caderneta de Poupança, LCI e LCA.

Vale lembrar, ainda, que rendimentos atrelados ao plano de previdência PGBL também serão tributados pelo IR.

Dependentes na declaração de Imposto de Renda

Quem declara dependentes precisa informar qualquer rendimento por parte deles. Por exemplo: se o filho é estagiário em uma empresa, o pai ou a mãe deve informar os rendimentos dele na sua declaração.

Agora, você já tem uma ideia ampla do que vai precisar declarar: basicamente, tudo o que ganhou e pagou no ano anterior. A próxima etapa é mais prática, verificar a maneira correta de fazer a sua declaração para evitar quaisquer problemas.

Leia também: Investimentos Isentos de Imposto de Renda: vantagens e opções

Como declarar o Imposto de Renda em 2021

Por meio do Programa IRPF, você pode fazer sua declaração do Imposto de Renda pela internet, basta fazer o download no site da Receita. Ele é bem fácil de utilizar e fornece uma ampla ajuda ao contribuinte. Você ainda pode optar pelo download para celular, seja Android ou iOS.

Ao preencher, existem duas diferentes modalidades à disposição do contribuinte: a declaração de IR Simplificada e a Completa. O próprio programa sugere, à medida em que os campos são preenchidos, qual opção é a melhor. Mas é interessante definir com antecedência qual delas você julga mais adequada.

Dicas para preencher a declaração corretamente

Para ter maior facilidade ao prestar contas com a Receita Federal, também é indicado guardar os comprovantes de seus rendimentos e notas fiscais durante o ano. Faça uma pastinha e deixe tudo organizado para não perder tempo indo atrás disso depois.

Mas tome cuidado para não preencher de forma equivocada alguns dos campos da declaração. É comum, por exemplo, confundir Bens e Direitos (campo no qual se informam bens de valor como imóveis ou veículos) com Rendimentos Tributáveis (como rendimentos do trabalho assalariado). Esse tipo de erro pode levar o contribuinte de primeira viagem a cair na malha fina.

Outro equívoco comum, e que pode causar dores de cabeça, é o erro de digitação. Esquecer ou acrescentar um número por descuido no teclado não é difícil. Por isso, nossa dica é conferir bem as informações antes da entrega.

Assim que concluir o preenchimento e transmitir a declaração, imprima uma cópia e guarde junto com o recibo e os comprovantes que você utilizou por até cinco anos. Esse é o período de tempo que a Receita Federal tem para eventualmente questionar suas informações.

IRPF: Declaração simplificada x Declaração completa

Na declaração completa, todos os gastos com saúde e educação de dependentes devem ser discriminados pelo contribuinte de acordo com as notas fiscais.

A vantagem desse modelo, para quem tem muitas despesas que podem ser deduzidas, é um abatimento maior no valor do desconto do IR.

Já para quem não possui dependentes ou muitas despesas que possam ser deduzidas do imposto, a declaração simplificada incide apenas um abatimento de 20% sobre todos os rendimentos tributados. Isso substitui quaisquer outras deduções legais da declaração completa.

Tabela do Imposto de Renda

Para fazer o cálculo de quanto o contribuinte deveria ter pago de Imposto de Renda ao longo do ano passado e, consequentemente, do quanto ele ainda deve pagar, a Receita Federal compara o valor declarado com uma tabela.

Nela, constam as alíquotas a serem aplicadas de acordo com o rendimento declarado. Elas podem variar conforme o ano em questão. Se você quiser consultar a tabela de base para o cálculo anual do IRPF, pode conferi-la abaixo:

BASE DE CÁLCULO (R$)ALÍQUOTA (%)PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
Até 1.903,98isentoisento
De 1.903,99 até 2.826,657,5%R$142,80
De 2.826,66 até 3.751,0515%R$354,80
De 3.751,06 até 4.664,6822,5%R$636,13
Acima de 4.664,6827,5%R$869,36

Como consultar extrato do Imposto de Renda

Depois de enviar a declaração, você pode acompanhar o processamento por meio do Extrato da Declaração do IRPF. É possível verificar se a declaração está em análise, se foi processada, se há pendência e se o pagamento das quotas está correto.

Para ter acesso ao extrato, é preciso gerar um código no site da Receita Federal, informando o seu CPF ou CNPJ.

Depois, com ele em mãos, basta acessar este link – também disponível no portal oficial do órgão – para acompanhar sua declaração. Ele dá acesso ao e-CAC, o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte.

Quais investimentos preciso declarar no Imposto de Renda?

É preciso declarar no Imposto de Renda os investimentos de acordo com os informes de rendimento. Eles são fornecidos pela instituição financeira que gerencia a sua aplicação.  Até investimentos isentos de IR, como a Poupança e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), devem constar no documento.

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O rendimento de tais aplicações é informado junto à declaração de seus demais ganhos, feita através do programa ou aplicativo que citamos anteriormente. A seguir, você confere mais informações referentes ao processo.

Acesse o post “Como declarar ações no Imposto de Renda” e descubra as regras de ouro para não cair na malha fina.

No vídeo a seguir, André Bona fala sobre 8 investimentos isentos de Imposto de Renda. Vale lembrar que não é só porque o investimento não é tributado que ele não deve ser declarado.

Como declarar meus investimentos no Imposto de Renda

Na hora de preencher os dados referentes aos seus investimentos, é fundamental ter em mãos as informações referentes a todas as suas aplicações.

Geralmente, as próprias instituições financeiras (bancos e corretoras) ou mesmo a bolsa de valores (Bovespa) disponibilizam para o investidor um demonstrativo, chamado “Informe de Rendimentos”, no qual constam todos os dados sobre valores a serem declarados.

É possível receber esse documento por e-mail, ou consultá-lo direto no site do banco ou da corretora.

Ao fazer a declaração, é necessário tomar cuidado com outros equívocos comuns. Conforme destacamos anteriormente, um simples erro de digitação no valor pode fazer a Receita desconfiar que você está sonegando impostos.

É preciso lembrar também que, embora os investimentos em LCI, LCA e Caderneta de Poupança estejam isentos de IR, eles devem ser listados na sua declaração.

Quanto aos demais, é importante estar atento para não confundir os códigos ou informá-los nos campos errados, já que a tributação para cada um pode ser diferente.

No caso da LCI, é importante não a declarar como se fosse um FII, que é o Fundo de Investimento Imobiliário.

Outra situação que exige atenção do investidor é o rendimento feito e resgatado no mesmo ano, que deve ser informado na seção específica “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”. O valor inicial da aplicação não precisa ser listado na seção Bens e Direitos – o que interessa é informar o lucro obtido.

Por exemplo:

Você aplica R$ 5.500 no Tesouro Direto em fevereiro e resgata o valor em outubro, com um lucro líquido de R$ 320. Como o investimento foi iniciado e resgatado no mesmo ano, a posição no fim de dezembro é igual a R$ 0. Nesse caso, o que interessa à Receita são os R$ 320 obtidos como lucro.

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Como declarar ações no Imposto de Renda

A última questão que gera muitas dúvidas se refere ao investimento em ações. Seu valor deve ser registrado de acordo com o preço médio de aquisição, e não conforme o valor de mercado dos papéis, sublinha Cid. Em outras palavras, na declaração não se deve alterar o valor das ações conforme as oscilações.

O primeiro passo para declarar ações no Imposto de Renda é reunir as informações das suas movimentações realizadas no ano calendário. Solicite também o Informe de Rendimentos à corretora ou banco de investimentos que você fez as operações.

Feito isso, basta fazer a apuração dos lucros e preencher os dados no sistema. Vale lembrar que é preciso preencher os dados das operações isentas (dividendos e vendas mensais abaixo de R$20 mil), além das sujeitas à tributação (Juros sobre Capital Próprio, operações Day Trade e vendas superaram R$20 mil).

Vale lembrar que, se você estiver começando a investir agora e tiver muitas dúvidas quanto à forma correta de declarar seus rendimentos, é possível contar com o auxílio de um contador.

Como surgiu o Imposto de Renda?

A história do Imposto de Renda remonta ao século 18, na Inglaterra. Em 1799, o país precisava angariar recursos para bancar sua guerra contra a França de Napoleão. Assim, o primeiro-ministro William Pitt bolou plano para que os cidadãos de certa renda emprestassem ao governo.

A primeira ideia apresentada aos diretores do Banco da Inglaterra foi apelidada de “empréstimo de lealdade”. O objetivo era propor ao Parlamento a instauração de uma lei que determinasse que todos os detentores de rendimentos elevados seriam obrigados a emprestar parte dela.

O plano teve que ser reformulado diversas vezes. Em 1799, começou a vigorar o imposto que considerava a renda como uma matéria tributável. É claro que a medida gerou controvérsias e descontentamento para grande parte da população.

Curiosidade:

No Brasil, o Imposto de Renda foi instituído em 1922. Por se tratar de um tributo novo e complexo, também foi alvo de contestações. O escritor Monteiro Lobato foi um dos principais críticos do IR. Ele julgava que essa medida asfixiava ainda mais as finanças da sociedade.

Gostou do conteúdo sobre o Imposto de Renda 2021? Compartilhe o material e ajude mais pessoas a entenderem pontos importantes do IRPF.

E não se esqueça: o prazo para enviar sua declaração de IR 2020 termina no dia 30 de abril!

Fonte:

https://www.btgpactualdigital.com/blog/imposto/tudo-sobre-imposto-de-renda

Cases de investidores de sucesso: LUIZ BARSI – Como ele foi de engraxate, ao maior investidor pessoa física do Brasil?

Nossa saga de cases de investidores que se tornaram bilionários investindo continua, e o investidor de hoje você vai querer conhecer.

Alguns chamam ele de Rei dos Dividendos, outros, de Warren Buffet Brasileiro”, o fato é que Luiz Barsi, atualmente, tem mais de 1 bilhão de reais investidos em várias empresas da bolsa de valores, e dispõe hoje de uma fortuna avaliada em R$2bi. Mas que caminho Barsi trilhou para chegar tão longe? Que conselhos ele daria pra quem também quer ter sucesso investindo?

Bom, em primeiro lugar, é importante destacar que Luiz Barsi começou investindo muito cedo, aos 14 anos, quando conseguiu um emprego em uma corretora de valores. Antes disso, ele era engraxate. Desde menino, Luiz Barsi se preocupava em ter uma aposentadoria tranquila, e começou aplicando a sobra do seu salário em ações, ou seja, começou investindo bem pouco. Quando começou a investir, o objetivo de Barsi era receber dividendos. Disciplinado, e apostando em investimentos de longo prazo, algum tempo depois já possuía mais de 100 mil ações da empresa na qual começou a investir, a Companhia Energética de São Paulo. A partir daí, Luiz Barsi só cresceu na bolsa, e atualmente é o maior investidor pessoa física da B3.

Quais são as estratégias de investimento de Barsi?

Barsi é adepto do buy and hold, ou seja, acredita que a paciência é uma virtude fundamental para quem quer ter sucesso investindo. Ele aposta na compra de ações na baixa, mas não necessariamente vende na alta. Compra ações de empresas bem geridas, que estejam abaixo do valor de mercado e que paguem dividendos, e espera. Os principais requisitos para Barsi decidir comprar ações de uma empresa, são:

  1. Se a empresa possui uma boa gestão;
  2. Se paga bons dividendos;
  3. Se é uma empresa cujos serviços serão fundamentais para a sociedade por um longo período de tempo;

Luiz procura deixar claro que, pra quem quer fazer fortuna investindo, o melhor é apostar na perenidade, e também começar o quanto antes. Quanto mais cedo você começar a investir, melhor. Ele afirma que seguindo a receita certa de como investir, qualquer um pode ficar rico comprando ações.

Conselhos de Luiz Barsi pra quem quer investir:

“Examine bem os fundamentos da empresa e conheça-a bem. Veja o histórico  de dividendos, sua saúde financeira, a perspectiva daquele setor, o comprometimento do gestor. Seja chato.”

“Nunca compre ações com o dinheiro que você poderá precisar em breve.”

“Se você pretende investir em busca de riqueza rápida, procure outra aplicação que não as ações, mesmo porque o segmento acionário não lhe será favorável. Portanto, fuja da bolsa”.

“Nunca venda ações por necessidade.”

“O dinheiro é importante, mas não é preciso muito. Disciplina sim. É fator de extrema importância em razão do seguinte motivo: todo indivíduo que se propõe a investir deve seguir uma regra básica, ou seja, nunca gastar mais do que se ganha. Simples e óbvio.”

Texto por Carolina Xavier

Fontes:

h ttps://comoinvestir.thecap.com.br/luiz-barsi-filho-estrategia-investimentos/

h ttps://londoncapital.com.br/luiz-barsi-filho-o-maior-investidor-em-dividendos-do-brasil/

6 passos fundamentais para o sucesso financeiro

1.   Negocie as suas dívidas

         Tá endividado, e achando quase impossível sair dessa situação? Procure seus credores e negocie com eles. Quando você faz isso, o credor oferece muito mais alternativas, muito mais jeitos para você pagar, de forma que o acordo beneficie ambos os lados. Essa iniciativa fará com que, inclusive, você possa voltar a consumir normalmente e não fique de consumir por não ir atrás de quitar seus débitos.

2. Registre tudo o que você gasta

           Se você não registra seus gastos, provavelmente está completamente perdido com relação a quanto gasta, e com o que gasta, e, dessa forma, fica impossível saber em onde pode começar a economizar. Em um contexto de crise como o que estamos vivendo, provocada principalmente pela pandemia de covid-19, é ainda mais necessário estabelecer um controle preciso sobre as finanças, saber o ritmo do fluxo das suas entradas e saídas de dinheiro, e cortar gastos desnecessários.

3. Corte as despesas não essenciais

Gastar por impulso é muito fácil, e também é um fator que inviabiliza você de guardar dinheiro. Dessa forma, você estará cada vez mais distante de concretizar seus sonhos e objetivos. É por isso que é tão importante fazer um levantamento de todos os seus gastos desnecessários, e cortar o máximo possível deles, porque só assim você vai poder poupar para alcançar o que realmente almeja a médio ou longo prazos.

4.   Tenha uma reserva de emergência

Imagine a seguinte situação: você, de repente, perde um parente ou um amigo querido que mora em outro estado, e precisa muito viajar para se despedir desse alguém que gosta muito. A viagem não estava prevista no orçamento, e você acaba usando o cartão de crédito e se endividando pelo próximo ano inteiro. Essa situação teria sido evitada se você tivesse uma reserva de emergência, um montante ao seu dispor para cobrir situações como essa, de imprevisto. E esse contexto nem parece ser dos mais graves, já que podem ocorrer imprevistos de saúde, por exemplo, que são ainda mais urgentes, e capazes de abrir grandes rombos no seu orçamento.

5.   Invista em soluções securitárias

         Essa decisão provavelmente te livrará de grandes sustos no orçamento, já que imprevistos ocorrem o tempo inteiro, e nunca se sabe de onde eles podem vir. Um bom plano de saúde, um seguro de automóvel, residencial, um voltado para a sua empresa, que inclusive cubra prováveis eventos com os seus funcionários… soluções securitárias são uma escolha inteligente, e não um gasto. Uma pesquisa da “The Money Magazine” afirma que 78% das pessoas passarão por um episódio de grande prejuízo financeiro repentino, em um dado período de 10 anos, e é por isso que você vai agradecer por poder contar com essas assistências se um incidente de fato vier a ocorrer.

6.   Invista para o seu futuro

          Investir é uma postura de quem quer que seu dinheiro renda. Pra você, que quer aumentar seu patrimônio, investir é a atitude mais inteligente, além de ser a forma mais rentável de poupar o seu dinheiro, ou seja, você não precisa ter um grande montante financeiro para começar a investir.

Um outro ponto é que a maioria das pessoas deseja ganhar muito dinheiro de forma rápida, investindo no mercado financeiro. Investir é querer ter um futuro tranquilo, mas a cultura do imediatismo é a maior inimiga de quem almeja sucesso nesse meio. O tempo e a experiência é que são os maiores aliados do investidor.

Portanto, dependendo de quanto tempo você invista, e da experiência que você tenha com o mercado financeiro – que a cada dia estará maior – poderá ter ganhos significativos investindo, principalmente se você é bem assessorado nas suas aplicações.

“O conteúdo acima exposto possui finalidade meramente informativa/educativa, desta forma não deve ser compreendido como oferta ou recomendação de serviços ou produtos.”

Casos de investidores de sucesso que vão inspirar você: Guilherme Affonso Ferreira

Que não faltam razões para investir, você, que é bem informado  sobre finanças, já sabe. A partir de hoje, baseados nessa temática, vamos compartilhar histórias de pessoas que, não só aumentaram seus rendimentos investindo, como se tornaram bilionários porque souberam aproveitar as oportunidades do mercado financeiro.

Vamos começar pelo megainvestidor Guilherme Affonso Ferreira, um especialista no mercado de ações que obteve grande sucesso no setor financeiro.

Guilherme foi conselheiro de empresas como Pão de Açúcar, Gafisa, Manah, Eternit, Metal Leve e Unibanco. Sendo um dos principais acionistas desse último, foi que obteve  sucesso astronômico no mercado financeiro.

Começou investindo com uma sobra de caixa do negócio da família, que havia fracassado. Sem grandes pretensões, ele começou comprando ações do Unibanco, em 1986, ano em que os bancos vinham sofrendo as consequências do Plano Cruzado. Contrariando a tendência, que seria dos investidores fugirem desse setor, Guilherme foi em frente:

“Nunca vi um país sem banco e, portanto, mesmo sem saber como eles vão resolver essa questão, alguns bancos vão sobreviver” — Guilherme Affonso Ferreira.

Em 1986 então, em parceria com a Bahema, Guilherme comprou 5% das ações do Unibanco, e seu grande trunfo veio em 2008, quando o Itaú comprou o Unibanco (e também a Bahema), o que multiplicou o capital inicialmente investido em 160 vezes, já que a Bahema, a partir daí, ficou avaliada em US$ 400 milhões.

Guilherme, desde então, é adepto da análise fundamentalista, e procura estar próximo das empresas que investe. Ele faz isso, normalmente, indicando alguém para ocupar uma cadeira no conselho, ou atuando como conselheiro da empresa.

Conselhos de Guilherme Affonso pra você, que quer investir:

“Mantenha suas estratégias de investimento durante as crises. O mercado de ações é volátil. Quedas pontuais não devem assustar o investidor de longo prazo.”    

“Analise a fundo a empresa que quer investir. É preciso entender seus pontos fortes, fracos, e a sua estratégia de crescimento.”

“Avalie o histórico dos donos e principais executivos das empresas antes de investir. Escolher as pessoas certas é mais importante do que escolher a indústria certa. Bons gestores são capazes de fazer a diferença.”

Fontes:

6 razões para começar a investir AGORA

Investir significa fazer com que o dinheiro trabalhe pra você. Ou seja, quando você investe, o seu dinheiro não fica parado, ele se multiplica. O tempo é um poderoso mediador desse processo, porque possibilita que você consiga resultados melhores a medida que ele avança.

Indo desde os investimentos de renda fixa, até investimentos de renda variável, atualmente existe no mercado uma gama de tipos de investimentos que você pode fazer para obter rendimentos. Mas quais as reais vantagens em aplicar o seu dinheiro? Citamos 8 delas a seguir, para que você comece a investir hoje mesmo.

1. Alcance seus sonhos e objetivos

Cada um de nós tem seus próprios objetivos, a médio e longo prazo: seja fazer uma viagem internacional, comprar o carro dos sonhos, poder enviar os filhos pra estudar fora…

Se você já investe, e tem seu dinheiro se multiplicando, vai estar cada vez mais próximo de poder realizar seu sonho, seja ele qual for.

2. Alcance sua independência financeira

Todos nós almejamos, em algum momento, sair da casa dos pais, ter o próprio apartamento, assumir nossas próprias despesas… e o mundo dos investimentos é um caminho pra que você se aproxime cada vez mais dessa realidade. Nesse caso, quanto mais cedo você começar a investir, melhor.

3. Expanda seu patrimônio

Investir é uma decisão sábia pra quem deseja expandir seu patrimônio, já que, aplicando em bens ativos, vai estar vendo o seu dinheiro render. Investir, inclusive, é uma das maneiras mais rápidas de fazer seu patrimônio líquido crescer. Com isso, lá na frente, é possível que você alcance um padrão de vida muito mais alto.

4. Poupe para a sua aposentadoria

Se você trabalha, é natural que pense sobre a sua aposentadoria, não é verdade? Mas o que você está fazendo hoje, para que ainda mantenha – ou melhore – o seu padrão de vida quando estiver aposentado?

Acontece, e muito, de pessoas se aposentarem e terem perdas significativas em suas rendas. É certo que depender do INSS quando se trata de aposentadoria, ainda mais em tempos de tantas dúvidas sobre o futuro da aposentadoria no Brasil, não é uma postura muito prudente.

Aplicar o seu dinheiro vai garantir que ele se multiplique, e isso vai te proporcionar uma mais segurança financeira pra você, futuro aposentado.

5. Aprenda mais sobre o mercado financeiro

Quanto mais imerso você estiver no mundo dos investimentos, naturalmente, mais afinidade você vai ter com ele. Portanto, no início, não existe problema algum em errar, porque é com a prática que você vai alcançar resultados cada vez melhores com as suas aplicações.

Apesar de errar não ser um problema, ter a orientação de um especialista – um economista, ou consultor em finanças – é essencial pra se manter no caminho certo, e continuar investindo com segurança e rentabilidade.